Sinto a dor afundar
meus olhos
E estou ébria apenas
para mantê-los abertos
Foi a dor que afogou
meus olhos na escuridão da memória?
Ou combustível
queimara razão para deixa-los turvos?
Tudo é negro, apenas
a dor ecoa púrpura
E rosada
E é tão imensa que
colore os cegos
E incha e lateja
Que graciosamente
acorda o mundo.
Sofrimento mudo grita
em meus pulmões
Sem deixar nota de
coração partido fugir à boca.
Dor que dói por não
saber origem
Dos punhos cerrados
que valsaram em pele e ossos.
Púrpura e rosada.
Colorindo olhos de
arco-íris
E a íris, cansada, já
não luta por suas cores de origem.
Cores tão lindas que
se tornam tristes
Iluminando o preto e
branco desfigurado
E, por descaso
Não sei quem fui
Ou
Como foi.
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